sexta-feira, 31 de julho de 2009

13/Agosto


13/Agosto – Dia do Canhoto

Para uma parte das pessoas, escolher qual mão estender para cumprimentar alguém não é automático. Ao contrário dos destros, que são 90% da população mundial, os canhotos - os 10% restantes - diariamente se adaptam a um mundo (e a tesouras e abridores de latas) que não foi feito exatamente para eles e precisam oferecer a mão direita ao invés da esquerda, pois essa é a convenção social. Para lembrar essas pequenas dificuldades diárias, a Left-Handers Internacional (uma associação de canhotos em Topeka, nos Estados Unidos, hoje já extinta) instituiu, na década de 70, o dia Internacional dos Canhotos em 13 de agosto.

O porquê da escolha do dia não se sabe ao certo. Mas a data é por si só sinistra (outra palavra usada para designar um canhoto e que significa funesto e pernicioso, segundo o dicionário), já que 13 sempre foi considerado número de azar e agosto é o mês oficial do mau-agouro. Isso sinaliza um pouco dos problemas que canhotos tiveram no passado e ainda têm em algumas culturas.

A causa do canhotismo ainda é desconhecida, mas há várias teorias a esse respeito. Algumas, inclusive, sendo estudadas por pesquisadores dentro das universidades brasileiras.

De forma geral, no canhoto, as funções motoras são comandadas pelo lado direito do cérebro. E só isso é consenso entre pesquisadores. A partir daí há teorias que dizem que o cérebro direito comanda a criatividade, emoções e intuição e que, portanto, as pessoas canhotas seriam mais sensíveis e ligadas a manifestações artísticas. Nada comprovado, diga-se de passagem.

13/Agosto – Dia do Economista

O estudo sobre assuntos econômicos, no transcurso de muitos anos, foi uma especulação do homem desde os tempos antigos. O desenvolvimento da análise econômica dos povos é de origem, relativamente, recente (a partir do século XVIII). Antes da Renascença (séculos XV e XVI), era quase impossível a emergência da Economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude limitada da atividade econômica.

No entanto, a atividade econômica, para a satisfação de necessidades, ocorreu em todas as épocas da história humana, com o estudo do uso pelo homem dos recursos existentes para a produção de bens e materiais, bem como a sua acumulação e distribuição na sociedade. A economia de um país é isso.

O economista é o profissional que tem a responsabilidade de planejar e executar as ações que visem solucionar problemas de ordem financeira, econômica e administrativa. Ele acompanha as variações do mercado financeiro e tudo aquilo que diga respeito à Economia do país para, de posse dos dados, ter condições de viabilizar projetos comerciais e empresarias de macro ou microeconomia.

Em tempos de globalização, exige-se cada vez mais pesquisa, atualização e agilidade na tomada de decisões. Dessa maneira, o economista é responsável por levantar e analisar dados de acontecimentos de todo o mundo, fazer previsões baseadas em dados estatísticos e lidar com uma infinidade de informações associadas à atividade econômica, como inflação, taxas de juros, produção de bens, consumo, nível de emprego e taxa de câmbio.

A história de uma luta, nada econômica, é a de regulamentação da profissão de economista, pois durou 54 anos. Note-se que o ensino de economia principiou em 1808, professorado por José da Silva Lisboa, visconde de Cairu. O curso inicial de ciências econômicas data de 1905, o Curso Superior de Economia e Finanças foi criado em 1931 e a Consolidação das Leis de Trabalho estabeleceu a existência legal da profissão de economista, em 1943.

O ensino, a partir de 1946, conquistou grau universitário, a ser obtido após quatro anos de curso. O primeiro ante-projeto legislativo (n° 618, na Câmara) surgiu em 1947, ou seja, 139 anos depois da data daquele começo. Naquele ano, foi proclamada uma nova Carta Magna, a qual criou o Conselho Nacional de Economia.

O Conselho ajudou a reforçar argumentos em favor do desejo dos economistas e patrocinou cursos extracurriculares de economia, que superavam deficiências do ensino regular. A regulamentação se deu com o advento da lei 1.411, em 13 de agosto de 1951, por isso essa data passou a ser considerada o Dia do Economista.

13/Agosto – Dia do Encarcerado

O dia-a-dia dos encarcerados nos presídios do país é, muitas vezes, deprimente. Todos reconhecem que a maioria das instalações penitenciárias está superlotada. Em algumas delegacias que abrigam ilegalmente presos já devidamente sentenciados, a taxa de ocupação aloca a cada detento menos de um metro quadrado, obrigando os ocupantes das celas a dormirem em rodízio.

Os presos brasileiros são normalmente forçados a permanecer em terríveis condições de vida nos presídios, cadeias e delegacias do país. Devido à superlotação, muitos deles dormem no chão de suas celas, às vezes no banheiro, próximo ao buraco do esgoto. Nos estabelecimentos mais lotados, onde não existe espaço livre nem no chão, presos dormem amarrados às grades das celas ou pendurados em redes. A maior parte dos estabelecimentos penais conta com uma estrutura física deteriorada, alguns de forma bastante grave.

Segundo a Human Rights Watch, nas prisões brasileiras são descumpridas regras mínimas como a garantia de uma cama individual e roupa de cama limpa, as instalações sanitárias violam as normais internacionais e a violenta convivência com carcereiros e entre os próprios presos lembram um cotidiano marcado por incessante luta pela sobrevivência, sanidade e o mínimo de dignidade que resta à muito bem chamada “população carcerária” – se admitimos que a faina por mais presídios e mais prisões constitui a verdadeira política habitacional do capitalismo tardio.

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