segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

08/Janeiro

08/janeiro – Dia Nacional da Fotografia

Foi através da fotografia que o homem encontrou uma das formas mais perfeitas e práticas para gravar e reproduzir suas manifestações culturais...

Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o princípio da câmera escura, que é o seguinte: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos.

Baseados neste princípio, os artistas simplificam o trabalho de copiar objetos e cenas, utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos. Enfiavam-se dentro da própria câmera e ganhavam a imagem refletida em uma tela ou pergaminho preso na parede oposta ao orifício da caixa.

Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente, colocada no orifício, melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a imagem na tela; mecanismos foram desenvolvidos para facilitar o enquadramento do assunto.

Com esses e outros aperfeiçoamento, a caixa ficou cada vez menor e o artista trabalhava já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL

Por volta de 1860, chega ao Brasil a técnica do colódio úmido (negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução química), que melhora a qualidade da matriz, isto é do negativo, e faz proliferar os estúdios de retratistas nas principais cidades brasileiras...

Em 1864, já tínhamos cerca de trinta destes artistas instalados no Rio de Janeiro. Há famosos e obras que ainda se revelam primas.

Dentre esses o alemão Revert Henrique Klumb e Joaquim Insley Pacheco.

E por aí seguem os sucessos do novo invento dando forma e cor definitiva à paisagem brasileira, às praças, a elite, em registros que valem por si e pela preservação do tempo no grato registro do documento fotográfico, ainda que os equipamentos de então possam ser considerados rudimentares diante da alta tecnologia e popularização das máquinas hoje dispostas nas esquinas.

Ainda assim, é preciso sensibilidade e mesmo com todos os truques das máquinas moderníssimas, faz-se a fotografia, mas a arte da foto resta preservada a poucas lentes.

E os olhos expressivos, as poses compostas, os detalhes bem demonstrados, as palmeiras em balanço, os monumentos das cidades ou o traço simples do casario modesto, as folhas derrubadas, o lixo aglomerado, o carvoeiro tisnado, o instantâneo para o jornal, o improviso que alcança o incauto e o distraído, a solenidade das festas, as roças, as obras urbanas, os folguedos populares, os deuses e os mitos que assanham multidões, em tudo e por todos os cantos o milagre da fotografia é capaz de desnudar, até o que restar sob as vestes seculares, como o que possa servir de prova e estudos nos laudatórios processos que porfiam entre si em busca da verdade do crime.

E tudo vejo que conhecem a floresta e são lavados pela imensidão dos rios de água límpida, bem da cidade do povo manaós, de cuja belle époque a fotografia registrou mitos, lendas, paragens, orgias e misérias.

Pelo rincão do norte não faltaram o gênio e a criação, e a mesma arte fez-se nas matas, seringais, cidades, saraus e mundanismo, pelos anos 1900, pouco antes e além depois, em falas que mesclavam alemão, inglês, francês e português dos lusos...

O alemão ALBERT HENSCHEL abre escritório no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em São Paulo, tornando-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira no século XIX. Nessa época, destacam-se ainda:

WALTER HUNNEWELL, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia

MARC FERREZ que produz fotos panorâmicas de paisagens brasileiras

MILITÃO AUGUSTO DE AZEVEDO, primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo.

Segundo a literatura especializada, foi o abade Louis Compte que trouxe a novidade de Paris para o Rio de Janeiro, e apresentou o daguerreótipo ao imperador D. Pedro II (oficialmente, o Imperador foi o primeiro fotógrafo brasileiro).

Porém, segundo o historiador Bóris Kossoy, houve uma descoberta isolada da fotografia no Brasil, pelo pesquisador Hércules Florence, seis anos antes do anúncio oficial do feito de Daguerre...

Sem conhecimento das pesquisas na Europa, Florence descobriu a fotografia e foi a primeira pessoa a usar o termo, em 15 de Agosto de 1832, em Campinas - no interior do Estado de São Paulo.

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