segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

26/Janeiro

26/janeiro – Dia da Gula

Segundo o dicionário Aurélio, gula é o “apego excessivo a boas iguarias”, ou ainda “excesso na comida e na bebida”.

Nem mesmo a igreja católica classificando-a entre um dos sete pecados capitais, preocupa-se com as razões que levam os seus fiéis a comer sem prazer qualquer tipo de alimento, sem conseguir saciar aquilo que, para ele nem sempre é um problema, está carimbando como um estigma desde suas primeiras horas de vida: todos nós começamos a conhecer o mundo através da boca.

Uma criança nasce, cresce e chora. Está com fome, com frio, solitária, não conseguir entender o que está acontecendo. Fica assustada e confusa. Em qualquer uma dessas situações a mãe pega a criança e a leva ao seio: a criança se bem novamente.

Quando o bebe chora a mãe associa o choro à fome e mesmo que a criança esteja saciada oferece o peito que é aceito prontamente como forma de carinho e aconchego. E nós adultos, o que fazemos? Sentimos fome, vamos à geladeira. Sentimos frio, vamos até a geladeira. Estamos solitários, vamos ta a geladeira. Não entendemos o que está acontecendo no mundo, vamos á geladeira. Estamos deprimidos, vamos à geladeira.

Na realidade para cada situação de insastifação, solidão, depressão, buscamos a comida.

E quando mais se come mais se perde o controle, desencadeando um sentimento de frustração, ansiedade e culpa, gerando uma grande insatisfação pessoal e também com o mundo.

A gula pode ser encarada como um comportamento “over”, excessivo, que se manifesta em vários outros planos como o emocional, sexual, social, financeiro, etc.

A gula é, portanto, um importante sinalizador que avalia o momento que a pessoa está vivendo; o que precisa ser transformado, mudado ou substituído.

Sintetizando, a gula é um comportamento compulsivo onde existe uma insatisfação total e irrestrita consigo mesmo e a tentativa de encontrar um remédio para esta angustia, desencadeia sentimentos de frustração e ansiedade que se aplacam com a avassalador ataque ao seu objeto de “prazer”.

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