quinta-feira, 4 de junho de 2009

10/JUNHO

10/Junho – Dia da Artilharia

Artilharia é uma das armas do exército, que se desdobra basicamente em duas diferentes categorias. A Artilharia de Campanha, cuja missão é o apoio a infantaria e cavalaria, neutralizando as posições inimigas através do lançamento de projéteis de grosso calibre em trajetória parabólica (indireta) e a Artilharia Antiaérea, dedicada à defesa de pontos estratégicos contra ataques aéreos. Atualmente, a unidade militar básica de manobra da Arma de Artilharia é o Grupo de Artilharia, que faz uso de canhões, obuseiros, lançadores de mísseis ou foguetes no cumprimento de sua missão.

A neurobalística

Na Antiguidade, os projéteis eram propelidos mecanicamente, inicialmente por arremesso e, posteriormente, pela energia obtida pelo tensionamento de cordas e arcos. Armas que disparam projéteis, como a funda e o arco e flecha, são empregadas contra indivíduos. Já o papel da artilharia é atingir alvos como muralhas ou grupos de indivíduos da Infantaria ou Cavalaria inimiga. Para esse fim foram desenvolvidas e aperfeiçoadas armas como as catapultas, capazes de arremessar pedras ou dardos.

As peças de Artilharia mais antigas que se conhecem foram inventadas pelos gregos:

§  o "gastraphetes", datada de cerca de 400 a.C., constitui-se num poderoso arco e flecha, que usa o método mecânico de retesar a corda. Podia ser transportado por uma pessoa.

§  o "oxibeles", datado de cerca de 375 a.C., tem a sua corda retesada por alavancas.

O aperfeiçoamento do "oxibeles" trouxe um desenvolvimento tecnológico importante: a torção de cordas como fonte de energia. Armas empregando a torção passam a ser chamadas de "katapeltes", de onde vem a palavra "catapulta". A "lithobolos", de 335 a.C., é uma catapulta que lança pedras em vez de dardos.

Os romanos aperfeiçoaram o arsenal Greco-macedônio, com mudanças na disposição dos braços e da torcedura das cordas garantindo maior alcance às catapultas. Os petardos passam a atingir um alvo a 800 metros. As catapultas romanas mais comuns são a balista, que dispara pedras, e a "scorpio", que arremessa dardos. Uma onagro, do período de 200 a.C., pode disparar uma pedra de 80 quilogramas e requer de oito homens para ser armada.

A Artilharia desenvolveu-se notavelmente com a invenção do trabuco ("trebuchet"), na China, entre os séculos V a.C. e III a.C.. No Ocidente, no século VI d.C., substituiu as catapultas de torção. O trabuco usa a força da gravidade, através de um contrapeso para lançar projéteis de até uma tonelada. Um trabuco de 20 metros de altura, construído por pesquisadores ingleses em 1995, lançou um automóvel de 476 quilogramas, sem motor, a 80 metros de distância.

A pirobalística

Outra invenção chinesa, a pólvora, foi introduzida na Europa no século XIV, nos canhões. Os gases da explosão da pólvora colocada num tubo de metal provocam a expulsão do projétil, pedra ou bola de metal, pela boca do canhão.

Em 1537, o matemático italiano Niccolo Tartaglia (1500-1557) descreveu a trajetória das balas de canhão, criando a Balística, ciência que estuda o movimento de corpos impelidos no espaço.

Muito pesados, os primeiros canhões foram empregados principalmente contra fortalezas e integravam a Artilharia de sítio ou de defesa. O uso dos canhões em batalhas se deveu, principalmente, ao rei sueco Gustavo Adolfo II (1594-1632). Ele adotou canhões menores, mais ágeis e em maior número. Outros generais, como Napoleão Bonaparte (1769-1821), formado oficial na Artilharia, também usaram canhões em grande quantidade.

O canhão moderno segue o mesmo princípio básico, mas é carregado pela culatra, usa munição explosiva e tem o cano raiado, imprimindo maior precisão ao projétil. Com o avanço da metalurgia e da química desde o fim do século XIX, o canhão aumentou o seu alcance de 2 para 20 quilômetros.

O foguete, inventado pelo inglês Sir William Congreve (1772-1828), passou a fazer parte da Artilharia no começo do século XIX. Os mísseis guiados – foguetes com a possibilidade de correção de trajetória – são a sua versão mais moderna.

Armamento da Artilharia

Tradicionalmente a Artilharia empregava como armamento as bocas de fogo de maior calibre. Atualmente, além das tradicionais bocas de fogo, a Artilharia emprega outro tipo de armas, sendo de destacar os diversos tipos de mísseis:

§  Obuses - bocas de fogo para tiro curvo de longo alcance;

§  Canhões ou peças - bocas de fogo para tiro tenso ou direto;

§  Morteiros pesados - bocas de fogo de grande calibre para tiro curvo de curto e médio alcance;

§  Foguetes - projéteis autopropulsados, de trajetória pré-estabelecida, normalmente usada contra alvos de superfície;

§  Mísseis - projéteis autopropulsados, de trajetória regulável durante o vôo, usado contra alvos aéreos ou de superfície.

ORGANIZAÇÃO E EMPREGO

A artilharia é o principal meio de 'apoio de fogo' do exército. Suas unidades e subunidades podem ser dotadas de diversos equipamentos de tiro: canhõesobusesfoguetes ou mísseis. Sua missão é apoiar as armas-base/ armas de manobra pelo emprego de lançamentos de projéteis em tiro balístico com precisão e rapidez, destruindo ou neutralizando os alvos que ameacem o êxito da operação.

Até pouco antes da 2ª Guerra Mundial, a artilharia era, sobretudo subdividida pelo seu calibre e forma de propulsão, existindo:

§  Artilharia Super-pesada: dotada de obuses de calibre superior a 210 mm;

§  Artilharia Pesada: dotada de obuses de calibre entre 160 mm e 210 mm;

§  Artilharia Média: dotada de canhões ou obuses de calibre entre 120 mm e 160 mm

§  Artilharia Ligeira: dotada de canhões ou obuses de calibre até 120 mm;

§  Artilharia Ferroviária ou de Caminho de Ferro: Artilharia Super-Pesada montada em vagões ferroviários;

§  Artilharia de Cerco: Artilharia Super-Pesada ou Pesada, de mobilidade reduzida, própria para o bombardeamento de posições fortificadas;

§  Artilharia de Posição ou de Guarnição: Artilharia Super-Pesada ou Pesada fixa, própria para a defesa de posições fortificadas;

§  Artilharia de Costa: Artilharia Super-Pesada ou Pesada, própria para o bom bardemanto de alvos navais;

§  Artilharia a Pé: Artilharia Pesada rebocada por solípedes, cujos serventes se deslocam a pé;

§  Artilharia Montada: Artilharia Ligeira rebocada por cavalos, cujos serventes são transportados nos reparos das bocas de fogo ou nos carros de munições;

§  Artilharia a Cavalo: Artilharia Ligeira rebocada por cavalos destinada a apoiar as unidades de cavalaria, cujos serventes dispõem de um cavalo individual para se deslocarem;

§  Artilharia de Montanha: Artilharia Ligeira, cujas bocas de fogo dispõem da capacidade de realizar tiro de ângulo elevado e, algumas, da capacidade de serem transportadas desmontadas em eqüídeos, próprias para o uso em regiões montanhosas;

§  Artilharia a Tratores: Artilharia Pesada ou Ligeira rebocada por meios automóveis.

Atualmente, a Artilharia subdivide-se essencialmente pelo tipo de emprego, nos seguintes tipos:

§  Artilharia Antiaérea: dotada de bocas de fogo ou de mísseis próprios para a destruição de alvos aéreos;

§  Artilharia Costeira: dotada de bocas de fogo pesadas ou de mísseis superfície-superfície para atingir alvos navais;

§  Artilharia de Campanha: dotada de obuses de vários calibres, de grande mobilidade, próprios para o acompanhamento de forças terrestres e a destruição de alvos de superfície;

§  Artilharia de Saturação de Área: dotada de lança-foguetes múltiplos, destinada a um bombardeamento rápido e intensivo de uma determinada área limitada;

§  Artilharia Estratégica: dotada de mísseis superfície-superfície de médio ou longo raio de ação;

§  Artilharia Naval: artilharia baseada em navios.

 

10/Junho – Dia da Língua Portuguesa

língua portuguesa, com mais de 240 milhões de falantes, é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Européia, no Mercosul e na União Africana.

A situação da Galiza e do galego em relação ao português é controversa. De um ponto de vista político e, portanto, oficial, o galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de Estado espanhol e da Região Autônoma da Galiza, com legitimidade democrática. De um ponto de vista científico, a idéia de que o galego é uma variedade dialectal da língua portuguesa — e vice-versa — reúne hoje um vasto consenso, sendo estudado a par com as restantes variedades do português nas universidades e centros de investigação lingüística. Ver o artigo Língua galega.

A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-românico), tal como o castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros.

Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais, mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".

Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas Africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra,Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Hamilton nas Ilhas de Bermudas que faz parte dos territórios britânicos ultramarinos localizados no Oceano Atlântico; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".

 

10/Junho – Dia da Raça Portuguesa

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de Junho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, e também um feriado nacional de Portugal.

Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, era celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses.

 

ORIGENS

Na sequência dos trabalhos legislativos após a Proclamação da República Portuguesa de 5 de Outubro de 1910, foi publicado um decreto em12 de Outubro estipulando os feriados nacionais. Alguns feriados foram eliminados, particularmente os religiosos, de modo a diminuir a influência da igreja católica e laicizar a sociedade.

Neste decreto ficaram consignados os feriados de 1 de Janeiro, Dia da Fraternidade Universal; 31 de Janeiro, que evocava a revolução falhada do Porto, e portanto foi consagrado aos mártires da República; 5 de Outubro, Dia dos heróis da República; 1 de Dezembro, o Dia da Autonomia (Restauração da Independência) e o Dia da Bandeira; e 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Família, tentando também laicizar a festa religiosa do Natal.

O decreto de 12 de Junho dava ainda a possibilidade de os municípios e conselhos escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões, uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta que escreveu Os Lusíadas

DIA DE CAMÕES

Luís de Camões representava o gênio da pátria na sua dimensão mais esplendorosa, significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho, apesar de nos primeiros anos da república ser um feriado exclusivamente municipal. Com o 10 de Junho, os republicanos de Lisboa tentaram evocar a glória das comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia

DIA DA RAÇA E DIA DAS CAMONUNIDADES

O 10 de Junho começaram a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.

Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. O regime apropriou-se de determinados heróis da república, não no sentido laico que os republicanos pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemoração coletiva histórica e propagandística.

Até aos 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944 em memória das vítimas da Guerra Colonial Portuguesa. A partir de 1963, o 10 de Junho tornaram-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do poder colônia. Com uma filosofia diferente, a Terceira República converteu-o no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em 1978.

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