quinta-feira, 4 de junho de 2009

25/JUNHO

25/Junho – Dia do Imigrante

Agora chegou a vez do Dia do Imigrante, que é a pessoa que mora em um país que não é aquele em que nasceu. E o seu dia é comemorado em 25 de junho.

Quando um país, por um motivo qualquer, necessita que indivíduos de outras nações venham a oferecer sua força de trabalho e, estes, por sua vez, não têm como efetuá-la em seu próprio lugar de origem, buscando exercê-la em outras terras, nos vemos diante de uma situação social propícia à imigração. Existem outros fatores que levam uma pessoa a imigrar: oportunidade de fazer cursos, espírito de aventura, fome, guerras, motivos políticos, entre outros.

No Dia do Imigrante, destacamos esses homens e essas mulheres que deixaram seus países de origem e escolheram o Brasil como pátria, contribuindo e acrescentando culturalmente ao nosso povo.

A imigração sempre aconteceu e continuará acontecendo em todos os cantos do planeta. No mundo globalizado em que atualmente vivemos, onde as nações estão praticamente interligadas cultural e economicamente, via internet, via satélite, é quase impossível não convivermos com o estrangeiro, com filosofias diferentes e outras realidades.

O Brasil e os imigrantes

Certamente você tem amigos que possuem características físicas e culturais diferentes daquelas que são comuns aos brasileiros. Diariamente, convivemos com representantes de diversos povos do mundo inteiro, e seus descendentes, que um dia chegaram ao Brasil, trazendo seus costumes, suas crenças e suas idéias.

Italianos, poloneses, russos, portugueses, árabes, africanos, japoneses. Se fôssemos destacar a história de cada um dos povos que imigrou para o nosso país, teríamos assunto para vários meses. Por isso, optamos por citar alguns deles.

Os portugueses: entre 1900 e 1915, a emigração na Europa foi intensa. Só de Portugal saíram 270.000 pessoas. O país mais procurado não era o Brasil que só se tornou destino de milhares de portugueses a partir de 1853. Até 1930, representavam 29% da imigração no Brasil. Aqui chegaram se estabeleceram principalmente nas fazendas de café. Mas, na primeira oportunidade seguiram para as cidades e abriram pequenos negócios como padarias, mercearias e serralherias.

Os japoneses: em fins do século XIX, enfrentavam, no Japão, graves problemas econômicos e sociais, como altos impostos, violento processo inflacionário, queda de preço dos produtos agrícolas, aumento demográfico, sobretudo nas zonas rurais, e conseqüente miséria no campo. O governo japonês começou a procurar parcerias para minimizar as tensões sociais, facilitando a emigração (saída do país) para quem desejasse.

Na parceria com o Brasil, o então presidente Floriano Peixoto possibilitou essa imigração, sancionando em 05 de outubro de 1892 a lei no 97, sob pressão de fazendeiros de café. Se por um lado, o Japão precisava fomentar a emigração, o governo brasileiro, por sua vez, necessitava de mão-de-obra para a sua agricultura.

A suspensão da migração de colonos italianos, no estado de São Paulo, por exemplo, provocou uma profunda falta de braços na lavoura, aumentando o interesse dos fazendeiros locais pelos trabalhadores japoneses. Proibidos de entrar na Austrália, discriminados nos Estados Unidos, perseguidos no Canadá e limitados no Hawai e Ilhas do Pacífico, encontraram nas fazendas paulistas melhores possibilidades.

Os alemães: constituem, aqui no Brasil, a segunda maior comunidade alemã abrigada fora da Alemanha no mundo, com 300 mil imigrantes.

Eles chegaram ao Estado do Rio Grande do Sul em 1824, antes da Revolução Farroupilha e dois anos após a proclamação da independência, se instalando na Feitoria de Linho Cânhamo, Colônia que deu origem à cidade de São Leopoldo.

Os italianos: trouxeram, além da força de trabalho para a lavoura de café e para a indústria, idéias anarquistas e socialistas.

Os imigrantes da Itália se concentraram na indústria paulista e ocasionaram, com sua forma de pensar, muitas greves, crises políticas e formação de sindicatos.

Imigração no Mundo

De acordo com dados das Organizações das Nações Unidas - ONU, o número de imigrantes no mundo praticamente duplicou na segunda metade do século XX, com 120 milhões em 1990 contra 75 milhões em 1965.

Esses fluxos acontecem, principalmente, devido a fatores econômicos (pessoas se deslocam à procura de trabalho e melhor condição de vida) ou a conflitos internos em seus países (guerras civis, perseguições política, religiosa ou racial).

A África tinha, em 1990, um total de 16 milhões de imigrantes, a maioria fugindo de guerras civis que tomaram conta do continente após a descolonização. Já a Ásia abriga 43 milhões de estrangeiros, maior quantidade registrada no mundo.

Na Europa Ocidental, as maiores partes dos 25 milhões de imigrantes vieram de países subdesenvolvidos da América, África e Ásia. A América do Norte, por sua vez, acolhe 24 milhões de estrangeiros, vindos boa parte também de nações subdesenvolvidas.

Na América Latina, o número é bem menor: 7 milhões. Muitos deles refugiados dos conflitos ocorridos na década de 70, em países da América Central. Na Oceania, são 5 milhões os imigrantes.

Nações desenvolvidas, quem entra

Em meados deste século, a imigração de pessoas de países subdesenvolvidos para nações desenvolvidas aumenta consideravelmente. De 1960 a 1989, o movimento totaliza 24,5 milhões. As regiões mais procuradas são América do Norte e Europa Ocidental. Conforme documento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse fluxo se estabiliza na década de 90.

Hoje em dia, a imigração por razões familiares (de parentes de imigrantes já instalados) é predominante em países industrializados. Também ganha força a imigração de mão-de-obra especializada, por causa da expansão do comércio internacional, do crescimento das empresas multinacionais e do intercâmbio de conhecimento. Trabalhadores especializados são aqueles indivíduos que possuem nível universitário ou uma experiência muito grande em determinada área.

O aumento do desemprego, no entanto, registrado a partir dos anos 70 vem criando resistência à imigração. Com isto, leis mais rígidas de imigração vêm sendo praticadas, como a Lei Débret, aprovada na França em 1997, e a Lei de Responsabilidade pela Imigração, que entrou em vigor nos EUA no mesmo ano.

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