terça-feira, 1 de setembro de 2009

07/etembro

07/Setembro – Dia da 1ª Transmissão de Rádio – 1922

No dia 7 de setembro de 1922 aconteceu a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil.

A primeira transmissão foi parte das comemorações oficiais do centenário da proclamação da Independência.
O conteúdo da transmissão foi o discurso comemorativo do presidente Epitácio Pessoa, que foi transmitido para os visitantes da Exposição Internacional do Rio.

Para que fosse possível realizar a operação, foi usada uma estação de 500 watts, instalada no morro do Corcovado pela empresa Westinghouse Electric International.

Menos de um ano depois, surgiu a primeira estação de rádio brasileira, fundada por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize em 20 de abril de 1923. Era a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Os ouvintes eram associados e contribuíam com mensalidades para a manutenção da emissora.

Atualmente um brasileiro pode acompanhar a programação de milhares de rádios espalhadas pelo mundo, que transmitem sua programação pela internet.

07/Setembro – Dia da Independência do Brasil – 1822

As circunstâncias muito especiais que circundaram a Independência do Brasil não só cedo se refletiram na atitude com que os governos das potências européias e dos Estados Unidos da América passaram a encarar a nova situação, mas também tiveram repercussão na maneira com que se processou o reconhecimento do Império e em que se desenvolveram a diplomacia e a própria história da nova monarquia.

A Independência do Brasil, proclamada a 7 de setembro de 1822 pelo próprio príncipe herdeiro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e sua posterior aclamação, não poderiam deixar de criar, para o novo Império, situação muito distinta, e indiscutivelmente mais complexa, da que se produziu quando da emancipação das antigas colônias espanholas. Nessas, o corte era mais radical pois não havia nenhum aspecto de transmissão legítima de soberania, o que era, de certo modo, mais atentatório aos princípios defendidos pela Santa Aliança. No caso excepcional do Brasil, entretanto, se esse problema da legitimidade parecia contornado, questão paralela subsistia - a da aceitação da independência pelo rei de Portugal considerado o legítimmo soberano do então reino do Brasil.

Por outro lado, o fato de não se ter definido, paralelamente com a independência, o problema da sucessão ao trono de Portugal, deixou pairar, em muitos espíritos, a idéia de que, no fundo, se instituíra uma União Pessoal que, após o falecimento de D. João VI, sucederia naturalmente ao Reino Unido, criado em 1815. Essa questão, passando por várias vicissitudes, iria ser anos mais tarde, uma das causas principais da abdicação do 1º Imperador, em 1831.

A grande dificuldade que tiveram que enfrentar, no momento de sua independência, as antigas colônias espanholas e o Brasil, residiu entretanto no espírito que animava a Santa Aliança, ciosa de defender a legitimidade e o governo absolutista, contra os embates com que se viram atingidos, principalmente após a Revolução Francesa e a tempestade napoleônica.

Felizmente para as novas nações da América Latina, a Santa Aliança não se apresentava, então, como um bloco político homogêneo e coeso, sendo inquestionáveis as posições reticentes do Governo de Londres e, sob certos aspectos, da própria Coroa da França. É verdade que Jorge IV e a maioria do Ministério, Wellington à frente, tinham uma posição indubitavelmente reacionária, conforme aos cânones da Santa Aliança.

Castlereagh, primeiro ministro, não escondia tendências idênticas e foi só após seu suicídio e a ascensão de George Canning, que ares liberais deram nova vida à política britânica. A posição do Czar parecia inquebrantável no apoio à legitimidade e à guerra a governos representativos. Suas pretensões no Oriente, entretanto, o levavam a suscitar desentendimentos entre seus colegas da Europa ocidental, para enfraquecê-los e deixar-lhe aberto o caminho almejado de Constantinopla.

Na Áustria, o Imperador Francisco se sensibilizava com os pedidos e com o próprio destino de sua filha Leopoldina, enquanto Metternich não se deixava influenciar senão pelo que, o seu juízo, era do interesse austríaco, no contexto incerto da Europa restaurada.

A França da Restauração tinha também posição dúbia: de um lado, seu apego à legitimidade, que explicava, aliás, a presença, em Paris, dos representantes da Branche ainée dos Bourbons; e, de outro, sua consciência pragmática de que não poderia deixar à Inglaterra as glórias e as vantagens da prioridade de um reconhecimento e do rápido estabelecimento de relações, inclusive comerciais. A posição da Espanha em relação a suas antigas colônias não poderia ser comparada à de Portugal para com o Brasil. Em relação àquelas, não tinha o Governo de Madri outra preocupação senão restaurar a ferro e fogo, como o tentara Pablo Morillo na Grã-Colômbia, seu poder e suas vantagens de Metrópole colonial.

Portugal tinha que ver com olhos distintos a parte maior, mais rica e mais promissora do próprio Reino Unido que se desligara da mãe-pátria, em um momento difícil da monarquia, sob o comando do próprio herdeiro da Coroa.

Era nesse contexto internacional que o novo Império começava sua vida independente. Sua primeira preocupação foi, naturalmente, ingressar no concerto das Nações e, para tanto, desenvolveu ampla atividade que só se viu coroada de completo êxito após o Tratado de 1825, assinado com Portugal. A questão da escravidão e principalmente a do tráfico de escravos já haviam deixado Portugal em situação constrangedora no Congresso de Viena. Desde os primeiros contatos entre os diplomatas brasileiros e o Governo inglês, se verificou que esse tema era considerado prioritário para a Grã-Bretanha. Chegou-se a pensar, inclusive, em que uma fórmula talvez aceitável fosse o reconhecimento versus a abolição do tráfico. Premido, entretanto, pelos grandes proprietários e incapaz de imaginar uma solução para o trabalho agrícola, o Império conseguiu ir postergando a solução do assunto que só se resolveu em 1850, com a Lei Euzébio de Queiroz, que extinguiu o tráfico, e com a de 1888, que declarou extinta a escravidão. Não pode deixar de ser considerada uma mancha lamentável na História do Brasil.

Pesada herança coube ao Império na conturbada Bacia da Prata. A província Cisplatina, unida primeira ao Reino Unido e, após, ao Império, se rebelara, apoiada pelo governo de Buenos Aires que sonhava com a sua integração às Províncias Unidas do Rio da Prata. Daí resultou a guerra que só terminaria definitivamente com a mediação da Grã-Bretanha e a celebração, entre o Império e as Províncias Unidas, de uma convenção na qual cada parte contratante renunciava às suas pretensões em relação a um novo estado, a República Oriental do Uruguai. Foi o desfecho dos embates em que se viram envolvidos Portugal e Espanha desde 1680.

A grave questão comercial com a Grã-Bretanha, que tantas dificuldades causaram a Portugal projetou-se também, como era natural, na realidade do Brasil independente, vendo-se o governo de D. Pedro I levado a celebrar o malfadado Tratado de 1827. Paralelamente, o problema da sucessão à Coroa portuguesa que não fora solucionado quando do reconhecimento da Independência, adquiriu atualidade com o falecimento de D. João VI, em 1826. O Imperador não hesitou em abdicar a coroa de seus antepassados em favor de sua filha D. Maria da Glória. As complicações de toda ordem que se verificaram neste contexto obrigaram D. Pedro e sua diplomacia a se preocuparem com a situação do velho Reino, o que, em grande parte, contribuiu para a impopularidade do Imperador no Brasil e finalmente para sua abdicação em 1831.

Após a partida de D. João VI para Lisboa, a situação de certa forma indefinida do governo do Príncipe Regente D. Pedro, especialmente depois da Revolução liberal em Portugal, a partir da qual o Rei ficou praticamente sob custódia, refletia-se de maneira sugestiva nas relações do Reino do Brasil com outros Estados. A 6 de agosto de 1822, assinou o Príncipe Manifesto aos Governos e Nações Amigas, da lavra de José Bonifácio, Ministro do Reino e dos Estrangeiros, no qual declarou estar pronto a receber os seus ministros e agentes diplomáticos e enviar-lhes os seus.

Dias depois eram designados os primeiros encarregados de negócios nos Estados Unidos da América, Inglaterra e França. Para o primeiro país, Luiz Moutinho Lima Alvares e Silva, Oficial-mor da Secretaria dos Negócios Estrangeiros; para Londres, o Marechal de Campo Caldeira Brant, futuro Marquês de Barbacena; e, para Paris, Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, mais tarde Visconde de Itabaiana, substituído, quando designado para assessorar Caldeira Brant, por Domingos Borges de Barros (Visconde da Pedra Branca). Para Roma seguiu Monsenhor Francisco Correa Vidigal.

07/Setembro – Dia da Pátria

O conceito de Pátria traz implícita a idéia de unidade. A solidariedade orgânica, assegurada pelo Estado-Nação, cimenta a unidade entre todos os cidadãos. Infelizmente, com toda a disparidade econômica e social que assola o Brasil e tantos outros países, muitas pessoas se sentem deslocadas - e com razão - , como se muitas vezes não fizessem parte de suas respectivas Nações.

A comemoração deste dia visa o despertar da consciência do povo e seu desejo de reivindicar a Pátria como patrimônio seu, e não apenas inescrupulosa e indiferente à formação da solidariedade orgânica entre os brasileiros. Símbolo de reflexão e de resgate de nossa História, o 7 de setembro deve ser o momento de avaliação dos erros e acertos do passado, de análise do presente e de suas perspectivas para o futuro.

Como a um filho, com todos os seus imponderáveis defeitos e dificuldades, devemos sempre amar a Nação que nos alimenta e ensina. Os símbolos nacionais são o retrato vivo do Brasil, de nossa terra e de nossa gente. A Bandeira e o Hino, o Brasão de Armas e o Selo Nacional são as mais legítimas manifestações simbólicas de nossa União - um milagre construído com a perseverança das inteligências patriotas, o suor dos humildes, o sangue dos heróis e o sacrifício das gerações passadas.

Fonte: Correio da Cidadania

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