quarta-feira, 22 de abril de 2009

03/Maio

03/maio – Dia do Parlamento e do Legislador

 Dia do Parlamento e do Legislador. A data foi instituída em 1975 para comemorar a instalação da primeira assembléia geral, constituinte e legislativa do Brasil, ocorrida em 1823, logo após a independência do País. Além do parlamento federal, os municípios e os estados têm seus legislativos locais. Eles elaboram leis específicas para suas regiões, sem ferir a legislação nacional. Mas o papel do parlamento ainda é incompreendido por boa parcela da população.

O Poder legislativo é aquele exercido pelo Congresso Nacional, formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.

A representação no Senado é igual para todos os estados (três senadores para cada um, incluído o Distrito federal), independentemente do número de eleitores. Entretanto, os limites mínimos e máximos reproduzem essa situação na Câmara dos Deputados.

A eleição é realizada através de voto secreto, que é obrigatório para os cidadãos maiores de 18 anos. Entre os 16 e os 18, bem como depois dos 70 anos, o voto é facultativo.

A hierarquia das leis brasileiras tem a Constituição federal como lei maior. Ela é composta de 245 artigos, divididos em nove títulos: dos Princípios fundamentais, dos Direitos e garantias invididuais, da Organização do estado, da Organização dos poderes, da Defesa do estado e das Instituições democráticas, da Tributação e do Orçamento, da Ordem econômica e financeira, da Ordem social e das Disposições constitucionais gerais. Complementam a Constituição disposições transitórias, com 70 artigos.

Na hierarquia das leis federais encontram-se a emenda constitucional, a lei complementar, a lei ordinária, a medida provisória, a lei delegada, o decreto legislativo e a resolução. Deve ser lembrado que, sendo o país uma federação, existem também as constituições dos estados, as leis orgânicas dos municípios e as leis ordinárias estaduais e municipais.

A emenda constitucional é uma modificação na Constituição que deve ser aprovada por 3/5 das duas casas do Congresso, em dois turnos. Não podem ser objeto de emenda constitucional (artigos 60º § 4º, I a IV) as chamadas "cláusulas pétreas", isto é, as que se referem à federação, ao voto direto, secreto, universal e periódico, à separação de poderes e aos direitos e garantias individuais.

A lei complementar à Constituição é por esta definida quanto às matérias. Requer maioria absoluta de votos nas duas casas do Congresso para aprovação.

A lei ordinária diz respeito à organização do poder judiciário e do ministério público, à nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais, planos plurianuais e orçamentos e a todo o direito material e processual, como os códigos civil, penal, tributário e respectivos processos.

A medida provisória, editada pelo presidente da república, deve ser submetida ao Congresso; não pode ser aprovada por decurso de prazo nem produz efeitos em caso de rejeição.

lei delegada é elaborada pelo presidente, a partir de delegação específica do Congresso, mas não pode legislar sobre atos de competência do Congresso, de cada casa, individualmente, sobre matéria de lei complementar nem sobre certas matérias de lei ordinária.

decreto legislativo é de competência exclusiva do Congresso Nacional, sem necessitar de sanção presidencial. A resolução legislativa também é privativa do Congresso ou de cada casa isoladamente, por exemplo, a suspensão de lei declarada inconstitucional (artigo 52º, X).

O conjunto de leis, encimado pela Constituição Federal, deve funcionar harmonicamente. Para isto existe um controle de constitucionalidade, de modo que sejam eliminadas as leis ou atos contrários à Constituição pelo Supremo Tribunal Federal, ou declarado sua inconstitucionalidade pelos juízes e tribunais.

03/maio – Dia do Pau Brasil

A Lei nº 6.607, de 07 de dezembro de 1978, declara o pau-brasil como Árvore Nacional e o dia 03 de maio como o Dia do pau-brasil. Os botânicos deram-lhe o nome de Caesalpinia echinata, Lam, sendo o gênero Caesalpinia dedicado a Andréas Caesalpino (1519-1603), botânico italiano, filósofo, médico do papa Clemente III e professor de medicina em Pisa; echinata significando ouriço, lembrando os abundantes acúleos localizados no tronco e galhos adultos; e Lam, abreviatura do botânico francês Jean Baptiste Antoine Pierre Monnet Lamark (1744-1829), quem conferiu a denominação botânica. Os indígenas o chamavam de ibiripitanga, sendo ibyri = pau, madeira, e pytã = vermelho, portanto pau-vermelho, em alusão à cor vermelha apresentada pelo cerne (miolo).

À época da colônia, era abundante na Mata Atlântica, no trecho compreendido entre Cabo Frio, Rio de Janeiro, e Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, encontrando-se raros remanescentes ao sul da Bahia e no Engenho São Bento, no município de São Lourenço da Mata, sede da tradicional Escola de Agricultura dos monges beneditinos, em Pernambuco. Afirma Gilberto Freire (Nordeste) que, para levantar e reparar seus conventos, suas igrejas, seus palácios, toda a arquitetura voluptuosa para construir os barcos e seus navios, o pau-brasil, forma um capítulo da história da exploração econômica do Brasil pela Metrópole, na sua fase já parasitária, que um dia precisa ser reescrito com vagar e minúcia. Quase não há edifício nobre em Portugal que não tenha um pedaço de mata virgem do Brasil resistindo com dureza de ferro à decadência que roeu a velha civilização portuguesa de conventos e palácios de reis. No meio desta riqueza de "madeiras de lei" - conclui Gilberto Freire  estavam, além do pau-brasil, o louro, o pau-d'arco, a sucupira, o jacarandá, o pau-violeta, transformados em vigas, linhas e portais.

A madeira do seu cerne, no início, de coloração alaranjada, tornando-se depois vermelho-clara, foi usada para extração de um corante para tingir tecido, para construção naval e civil, e atualmente para a confecção de arcos de violino, viola, violoncelo e contra-baixo, graças ao seu peso e ao seu poder de curvatura. Conta Cussy de Almeida, regente da nossa Orquestra Armorial, que foi o arqueiro francês François Turte (1747-1835), o descobridor do pau-brasil como arco de violino, hoje utilizado pelas melhores orquestras do mundo. Afirma ainda o regente, que a madeira que mais se prestava para o acessório do violino, que pesa de 58 a 62 gramas, era proveniente de São Lourenço da Mata, devido certamente as condições climáticas e constituição do solo.

Pernambuco foi o primeiro Estado - e talvez o único - que resgatou a dívida que tínhamos com o pau-brasil, quando em 1967, a Universidade Federal Rural de Pernambuco enviou mudas para todas as capitais brasileiras. Plantou em 1973 cerca de cinqüenta mil mudas no contorno da bacia hidráulica do Sistema de Barragens do Rio Tapacurá, e foi beneficiado em 1988 com a criação da Fundação Nacional do Pau-brasil, tendo como presidente o professor Roldão de Siqueira Fontes, considerado o maior propagador da ibirapitanga no Brasil.

03/Maio – Dia do Sertanejo

Depois do período extrativista, o Brasil passou a ser um país essencialmente agrário. Essa situação, porém, inverteu-se principalmente depois do ciclo do café, quando as indústrias começaram a se instalar no Sudeste, formando regiões metropolitanas. Então o êxodo rural se intensificou, e a figura do sertanejo, ou caipira, ganhou traços caricaturais.

Para o habitante da cidade, a pessoa que vive no sertão, é geralmente, rude, inculta e avessa à vida moderna. Essa imagem tomou força com o sertanejo - O jeca Tatu - descrito no conto Urupês, publicado no livro homônimo, de Monteiro Lobato. O Jeca Tatu e o caboclo do vale do Paraíba, de barba rala, que vive descalçam, com os pés cheios de bichos; fuma cigarros de palha e usa chapéu também de palha. Não tem ânimo para trabalhar, "é o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas [...] funesto parasita da terra [...] inadaptável à civilização".

Essa figura do sertanejo gerou obras no cinema e na literatura, e sua caricatura passou a ser utilizada em anedotas e mesmo nas histórias infantis, como o personagem Chico Bento, criado pelo quadrinista Maurício de Sousa.

Há alguns anos, porém, esse estereótipo tem sofrido uma inversão de valores. Se, antes, o sertanejo era exatamente a figura descrita por Monteiro Lobato, atualmente a figura do caipira tem sido valorizada. Pode-se observar esse fenômeno no sucesso conseguido pelos cantores de música sertaneja, que cantam as belezas da zona rural e da vida na fazenda (embora os mais modernos tenham deixado de lado os temas da vida na roça, para se dedicar às baladas de amor).

A influência do sertão também pode ser observada no vestuário e nos costumes da juventude. A recente moda country, importada dos Estados Unidos e adaptada à realidade brasileira, é sensação entre os jovens que freqüentam, em massa, as danceterias especializadas.

Estimuladas por essa moda, ganharam terreno as festas de rodeio, em que cavaleiros medem suas habilidades para conseguir dominar o cavalo ou o boi bravo. Antes restritas às comunidades rurais, as festas de rodeio se modernizaram e atraíram o público da cidade. Atualmente, a Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, em São Paulo, é o maior evento do tipo na América Latina e um dos maiores no mundo.

Fonte: www.paulinas.org.br

Vivendo na caatinga, um ambiente castigado pela escassez de chuvas e aridez, o sertanejo é um bravo homem da terra. Poucas civilizações no mundo conseguiriam alcançar o feito dessa gente corajosa. O sertão, com seus ventos bíblicos, calmarias pesadas e noites frias, impressiona. Cortado por veredas e árvores retorcidas em desespero, todo ele são monótonos caminhos ressequidos. As "pueiras", lagoas mortas, de aspecto lúgubre, são o único oásis do sertanejo.

Ele sobrevive porque é uma raça forte. Assim como o cacto mais resistente, o sertanejo foi feito para o sertão. Tem o pêlo, o corpo e a psicologia próprios para suportar o suplício da seca. Conhece profundamente a flora e fauna. Como os cactos , o mandacaru e toda natureza adaptada ao árido, o sertanejo sobrevive com muito pouco. Água é uma dádiva que vê de vez em quando. Com todas as adversidades, ainda ama o sertão, e dificilmente se habitua a outro lugar. Desde pequeno convive com a imagem da morte. Sua grande vitória é chegar ao dia seguinte, comemorando o triunfo da vontade de viver.

Origens

No sertão, a mistura de raças deu-se mais entre brancos e índios. O jesuíta, o vaqueiro e o bandeirante foram os primeiros habitantes brancos que migraram para a região. Deram origem aos tipos populares que compõem o sertão: o beato, o cangaceiro e o jagunço. Todos com um senso de tradição levado a ferro e fogo, honradez como pouco se vê hoje em dia e incrível fervor religioso, herança dos missionários da Igreja. O grande ícone do sertão é o conhecido Padre Cícero, beato que se tornou líder messiânico em Juazeiro do Norte. Quanto às mulheres sertanejas, estas são muito diferentes das do litoral: rezadeiras, rendeiras, mocinhas ingênuas, bruxas velhas e alcoviteiras. Mulheres de coragem e encrenqueiras.

Euclides da Cunha

Ao tentar compreender a psicologia do sertanejo, o escritor e jornalista Euclides da Cunha, através de sua famosa obra “Os Sertões”, fez um ensaio revelador sobre a formação do homem brasileiro. Desmistificou o pensamento vigente entre as elites do período, de que somente os brancos de origem européia eram legítimos representantes da nação. Mostrou que não existe no país raça branca pura, mas uma infinidade de combinações multirraciais. Além disso, foi o primeiro a reportar cuidadosamente o episódio da Campanha de Canudos, um festival de massacres de homens e mulheres que entrou para a história.

Por essas e outras, o homem do sertão é um “grande personagem numa paisagem inóspita”, que merece toda a admiração devida por sua luta diária pela sobrevivência.

Fonte: TV Cultura ; Editora Moderna

03/maio – Dia do Solo

Compreende-se como solo a parte mais externa do globo a qual está em contato com as massas gasosas e líquidas, e ao mesmo tempo em transição com os três estados da matéria (sólido líquido e gasoso). O solo representa não somente um agregado de matérias orgânicas e minerais, mas um conjunto de fenômenos naturais organizados que proporcionam um equilíbrio dinâmico.

A formação do solo depende de seu material de origem (orgânico ou mineral, intemperizado ou não), este sofre influência do clima (temperatura, umidade), dos organismos presentes no solo (Biologia do Solo), do relevo, do tempo entre outros fatores. Após todo o processo formador de um novo solo, propriedades específicas poderão ser identificadas como sua constituição, coloração, textura, estrutura, serosidade, porosidade, consistência, cimentação, pedoclima e pedoforma.

Compõem o solo - ar, água e matéria orgânica e os minerais resultantes da decomposição da rocha de origem, todos misturados uns aos outros. Para fins de estudo, divide-se em três frações:

  • Areia: porção grosseira;
  • Silte: parte um pouco mais fina que a anterior e,
  • Argila: por ser muito pequena e fina só pode ser visualizada por microscópios

Sua organização por vezes é complexa, podendo em um curto espaço (distância) haver a ocorrência de solos diferentes, isto devido ao tipo de relevo presente no local. Esta diferença pode ser notada pelos horizontes do solo, que nada mais são do que a maneira como ele está organizada formando um perfil (sobreposição de camadas).

Numa visão ecológica o solo além de suportar os ecossistemas característicos possui vida própria. Nele ocorrem tantas atividades e relações necessárias à vida quanto ocorrem na superfície, só que no solo ocorrem de forma escondida, o que leva a crer que suas formas de degradação não são tão graves. Mas não se pode esquecer que deste solo, dependem a integridade dos biomas, o hábitat dos animais e toda a forma de vida.

O uso indevido do solo, como a mineração, o desmatamento, a agricultura predatória, as queimadas, o uso intensivo de produtos químicos, a pecuária extensiva entre outros são considerados formas de agressão que podem causar grandes prejuízos para o meio, para a sociedade e para a economia global.

A partir desta compreensão, podemos direcionar nossas ações quanto ao uso que determinado tipo de solo nos proporcionará, equilibrando sua capacidade de uso, práticas de manejo e conservação, evitando sua degradação.

Erosão do Solo

Pode-se dizer que de todos os recursos naturais existentes no planeta, o solo é um dos mais instáveis quando modificado, ou seja, quando sua camada protetora é retirada.

Processos erosivos ocorrem de forma moderada em um solo coberto, sendo esta erosão chamada de geológica ou normal.

Uma vez modificado, para cultivo ou desprovido de sua vegetação originária têm início a erosão, capaz de remover mil vezes mais material do que se este mesmo solo estivesse coberto. Por ano o Brasil perde aproximadamente 500 milhões de toneladas de solos através da erosão.

O arraste de partículas constituintes do solo se dá pela ação de fatores naturais como água, vento, ondas que são tipos de erosão, além da própria erosão geológica ou normal que tem por finalidade nivelar a superfície terrestre.

Erosão pela Água              

Também chamada de erosão hídrica, é o tipo de erosão mais importante e preocupante no Brasil, pois desagrega e transporta o material erodido com grande facilidade, principalmente em regiões de clima úmido onde seus resultados são mais drásticos.

Gotas de chuva ao impactarem um solo desprovido de vegetação desagregam partículas que, conforme seu tamanho é facilmente carregado pela enxurrada. Usando o exemplo da agricultura, quando o agricultor se dá conta de que este processo está acontecendo, o solo já está improdutivo.
A erosão pela água apresenta-se em seis diferentes formas, a seguir:

Lençol: superficial ou laminar; desgasta de forma uniforme o solo. Em seu estágio inicial é quase imperceptível, já quando avançado o solo torna-se mais claro (coloração), a água de enxurrada é lodosa, raízes de plantas perenes afloram e há decréscimo na colheita.

Sulcos
canais ou ravinas; apresenta sulcos sinuosos ao longo dos declives, estes formados pelo escorrimento das águas das chuvas no terreno. Uma erosão em lençol pode evoluir para uma erosão em sulcos, o que não indica que uma iniciou em virtude da outra. Vários fatores influem para o seu surgimento, um deles é a aração que acompanha o declive, resultando em desgaste, empobrecimento do solo e posterior dificuldade para manejo com sulcos já formados.

Embate: ocorre pelo impacto das gotas de chuva no solo, estando este desprovido de vegetação; partículas são desagregadas sendo facilmente arrastadas pelas enxurradas. Já as partículas mais finas que permanecem em suspensão, atingem camadas mais profundas do solo por eluviação, pode acontecer destas partículas encontrarem um horizonte que as impeça de passar provocando danos ainda maiores.

Desabamento: têm sua principal ocorrência em terrenos arenosos, regossóis em particular. Sulcos deixados pelas chuvas sofrem novos atritos de correntes d’água vindos a desmoronar, aumentando suas dimensões com o passar do tempo, formando voçorocas.

Quedase dá com a precipitação da água por um barranco, formando uma queda d'água e provocando o solapamento de sua base com desmoronamentos periódicos originando sulcos. É de pequena importância agrícola.

Vertical: é a eluviação, o transporte de partículas e materiais solubilizados através do solo. A porosidade e agregação do solo influenciam na natureza e intensidade do processo podendo formar horizontes de impedimento ou deslocar nutrientes para e pelas raízes das plantas.

Exemplo deste tipo de erosão (ocasionado pela água) pode ser apreciado no Parque Estadual de Vila Velha - PR, sendo que no máximo 3% da erosão local é provocada pelo vento.

Erosão pelo Vento              

Consiste no transporte aéreo ou por rolamento das partículas erodidas do solo, sua importância é grande onde são comuns os ventos fortes. Esta ação é melhor notada em regiões planas principalmente do planalto central e em alguns pontos do litoral. Em regiões onde o teor de umidade do solo é mais elevado o evento ocorre em menor intensidade.

Um dos principais danos causados pela erosão eólica é o enterramento de solos férteis; os materiais transportados mesmo de longas distâncias sedimentam-se recobrindo camadas férteis.

Erosão pelas Ondas              

Ondas são formadas pela ação conjunta de vento e água, seus efeitos são notados em ambientes lacustres, litorâneos e margens de rios.

O embate das águas (fluxo e refluxo) nas margens provoca o desagregamento de material, permanecendo este suspenso sendo depositado posteriormente no fundo dos rios, lagos, mares etc.

Quando se fala em solos e erosão, surgem alguns fatores determinantes da erosão classificados como extrínsecos e intrínsecos.

Extrínsecos: 
Naturais - chuva, vento e ondas
Ocasionais - cobertura e manejo do solo

Intrínsecos:
Topografia - declividade e comprimento da rampa
Propriedades do solo

Fatores como chuva, vento e ondas foram citados anteriormente, os quais são considerados os principais causadores ou agravadores da erosão, sem esquecer os demais fatores a seguir abordados. 

Cobertura do Solo              

Baseando-se em experiências e observações, denota-se a grande eficiência contra a erosão em solos cobertos por vegetação, sua presença permite uma melhor absorção de águas pelo solo reduzindo tanto as enxurradas como a possibilidade de erosão.

Em áreas adaptadas à agricultura, onde o equilíbrio natural - solo X vegetação - foi rompido sem uma preocupação de contenção erosiva seus efeitos são mais sentido. Em uma área com cultura cujo solo é mantido descoberto, perde-se por ano cerca de 3 a 6 vezes mais solo do que em área idêntica com vegetação densa, ocorrendo também perdas consideráveis de água no solo.

Manejo do Solo              

Dependendo da cultura a ser praticada, fazem-se necessárias algumas medidas de precaução para que se controle o efeito erosivo do solo.

Por exemplo, em uma cultura de cana-de-açúcar os danos podem ser minimizados preparando o solo e realizando o plantio em linhas de nível. Porém, como cada cultura requer um tratamento específico, utiliza-se também o plantio de faixas de cultura com alguns níveis de vegetação densa ou nativa intercaladas, sendo de grande eficiência contra enxurradas e erosão.

Outra opção, já bastante difundida principalmente para que os nutrientes do solo se recomponham, é a rotação de culturas. Propicia uma maior cobertura, melhora as condições físicas do solo, reduz a erosão e enxurrada desde que esta área em descanso esteja recoberta por uma vegetação rasteira para que a água da chuva não impacte o solo desnudo. 

Declividade e Comprimento da Rampa              

Declividade e perda de solo estão interligadas entre si. Quanto maior for a declividade maior será a velocidade com que a água irá escorrer, conseqüentemente, maior será o volume carreado devido a força erosiva.

O comprimento da rampa tem forte ligação com o aumento ou não da erosão. A medida que aumenta o comprimento da rampa, maior será o volume de água, aumentando também a velocidade de escoamento. Em alguns casos o comprimento da rampa diminui o efeito erosivo, considerando-se que a capacidade de infiltração e a permealibidade do solo reduz o efeito. 

Propriedades do Solo              

Grande parte do comportamento dos solos é determinada por sua textura. Solos argilosos são mais agregados, enquanto que os de textura grossa apresentam macroporos; solos arenosos são mais permeáveis e com melhor infiltração, sendo este tipo de solo o que está menos sujeito a erosão.

Propriedade instável é a estrutura do solo, esta através de manifestações pode modificar a textura do solo. Associadas textura X estrutura resultam porosidade e permealibidade; solo com boa porosidade são bastante permeáveis, infiltrando a água de forma abundante e de maneira distribuída.

No que diz respeito à matéria orgânica, sua incorporação com o solo é bastante eficaz na redução da erosão. Há o favorecimento no desenvolvimento de microorganismos do solo e uma melhor penetração das raízes, o que integra as partículas do solo não permitindo o desagregamento das mesmas.

Vale lembrar, que todo solo sofre erosão natural, mesmo que suas propriedades estejam em equilíbrio com o meio.

03/maio – Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

A data é muito importante, tanto de um ponto de vista social, quanto de uma perspectiva histórica.

Dois períodos históricos vieram-me à mente quando sentei para pensar um pouco sobre esta data e o que ela representa atualmente. O primeiro é mais remoto. Trata-se do Século das Luzes (século XVIII).

O segundo é mais próximo, tanto no tempo, quanto no espaço. Falo das ditaduras militares da segunda metade do século XX, na América Latina e, em especial, no Brasil.

Ao longo do século XVIII uma série de idéias baseadas no princípio da Razão inicia um movimento de difusão do conhecimento em regiões diferentes da Europa e mesmo Américas (basta lembrar que a Independência dos EUA é amplamente baseada nessas idéias) e também uma fase de produção de um pensamento que buscava transformar a realidade social da época.

O efeito mais direto dos iluministas foi a inversão da ordem social estabelecida com os princípios nobiliárquicos herdados da era Medieval. Mas, um outro efeito, mais profundo e imperceptível se processava nos porões do pensamento. Uma transformação epistemológica radical alterava a posição que o Ser Humano ocupava dentro da Natureza e da sociedade.

Foram erigidos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos.

“Posso discordar do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” Esta frase, de Voltaire, ilustra um grande anseio de liberdade de pensamento e de comunicação.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é fruto do Século das Luzes. Reza o artigo XIX desse documento: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.”

Bem, quase dois séculos depois, na América Latina, “o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões” virou uma grande utopia (do grego = lugar que não existe).

Os mecanismos de coerção à liberdade de imprensa no Brasil, neste período, foram vários. A difusão de informações era violentamente cerceada pelo regime, por meio de torturas físicas e psicológicas, exílios, assassinatos e atentados, ou mesmo a cassação dos direitos políticos de centenas de jornalistas, intelectuais, professores e estudantes.

O caso mais expressivo talvez tenha sido o do jornalista Vladimir Herzog, enforcado em sua cela na sede do comando do II Exército, em São Paulo, no dia 25 de Outubro de 1975.

Enquanto as classes médias da sociedade brasileira assistiam extasiadas, pela TV em cores, ao jogo da final Brasil 4 X 1 Itália, da copa de 1970, no México, nos calabouços do regime existiam Homens sendo mortos friamente.

Após o movimento das “Diretas Já” (1984), reinicia-se um processo de redemocratização política no Brasil. A partir de então, novos ares começaram a pairar sobre os meios de comunicação.

Mas, calma. As coisas não melhoraram da noite para o dia; e nem estão completamente sanadas. Acreditamos que produzir memória (crítica ou narrativa) é uma ação de responsabilidade social.

A “Liberdade de Imprensa” que desejamos é uma construção cotidiana, interminável e incansável.  Para nós, liberdade de imprensa é indissociável de responsabilidade social.

Fazemos nosso trabalho por que acreditamos (por mais difícil que seja) na possibilidade de construirmos um espaço de convivência social mais justo, menos violento, mais fraterno e mais igualitário.

É com alegria que saudamos nossos colegas de profissão, jornalistas, comunicólogos, apresentadores, radialistas, repórteres, blogueiros, etc.

03/maio – Dia Mundial do Sol

O raiar do Sol todos os dias é algo que desperta vários sentimentos bons nas pessoas: renovo, esperança e vida. O Sol é a estrela central do nosso sistema planetário solar. O que faz com que essa estrela seja tão importante para nós é a sua proximidade com o nosso planeta: cerca de 150 milhões de quilômetros. Para se ter uma idéia, a estrela mais próxima da Terra depois do Sol é a Próxima Centauri, situada a 40 trilhões de quilômetros de distância de nós. 

Em 3 de maio é comemorado o dia internacional do Sol. Todos nós sabemos que a estrela é de extrema importância para os seres vivos. O Sol é, praticamente, a única fonte de energia para a Terra. Essa energia penetra no ecossistema através dos seres autótrofos e é repassada para os seres heterotróficos; vale lembrar que a energia é cíclica, ou seja, nunca acaba. Dessa forma, sem o Sol, não haveria vida na Terra.
 

Todos os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural, embora possam ser fontes de energia, também são produtos da captação e armazenamento da luz solar em plantas, algas e animais a milhares de anos atrás. O Sol também é responsável pelo processo da evaporação, o qual causa o reabastecimento dos rios e lagos que deságuam no mar.
 

A distância entre a Terra e o Sol é um fator fundamental, pois permite criar um ambiente de temperatura e luminosidade adequado para a manutenção da vida. Nenhum outro planeta do Sistema Solar, com exceção de Marte, possui as condições ideais de vida semelhante às da Terra; uns são muito quentes, outros muito frios. Por falar em temperatura, também fica óbvio que sem o Sol, a Terra seria um lugar incrivelmente gelado. 

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