quarta-feira, 22 de abril de 2009

28/Maio

28/maio – Dia do Ceramista

No contato manual com a terra, o homem descobriu o barro como forma de expressão. A confecção de cerâmica é muito antiga e surgiu ainda no período Neolítico, espalhando-se, aos poucos, pelas diversas regiões da Terra.

Tradicionalmente, a produção da cerâmica, entre os povos indígenas que vivem no Brasil, é totalmente manual, sem a utilização do torno de oleiro.

A argila (composto de sílica, alume e água) é a matéria-prima básica empregada na confecção das cerâmicas e certas substâncias, que recebem o nome de tempero, são adicionadas a ela, de forma a reduzir o grau de plasticidade provocado pelo excesso de alume. O tempero pode ser de origem mineral (como a areia), animal (conchas trituradas, por exemplo) ou vegetal (como cascas de árvores ricas em sílica, trituradas e queimadas). Uma vez preparada a massa, a técnica mais usual para produzir os vasilhames é a da união sucessiva de roletes (feitos manualmente), utilizando-se instrumentos rústicos, bem variados, para auxiliar na confecção das peças, como cacos quebrados de potes antigos para ajudar a alisar os roletes, pincéis feitos com penas de aves ou com raízes para pintar a superfície, etc.. O tratamento dado à superfície das peças varia muito de povo para povo e de acordo com o uso que será dado a cada objeto. A superfície pode apresentar-se tosca, alisada, polida, decorada (com pinturas ou de outras maneiras) e até mesmo revestida por outra camada de argila especialmente preparada para este fim, a que se dá o nome de engobo. Finalmente, a louça de barro, como é comumente conhecida, pode ser queimada ao ar livre (exposta ao oxigênio), ficando com uma coloração alaranjada ou avermelhada, ou pode ser queimada em fornos de barro, fechados, que não permitem o contato com o oxigênio, o que deixa uma coloração acinzentada ou negra.

Desta forma são produzidos objetos utilitários (como potes, panelas, alguidares, etc.), objetos votivos ou rituais, instrumentos musicais, cachimbos, objetos de adorno e outros.

Entre as sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é, geralmente, confeccionada pelas mulheres. Todas aprendem a fazê-la, mas, como em qualquer outra atividade, há aquelas com mais habilidade e/ou criatividade. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos industrializados para produzir sua cerâmica. Nem todos os povos indígenas produzem cerâmicos e alguns, que tradicionalmente produziam, deixaram de fazê-lo, após o contato com não índios e com o passar do tempo. Entre alguns povos ceramistas, os objetos produzidos são simples. Entre outros, são muito elaborados e valorizados pelos membros da sociedade. Destacam-se por sua cerâmica os índios Kadiwéu e Terena, de Mato Grosso do Sul; Waurá, de Mato Grosso; Karajá, de Tocantins; Asurini e Parakanã, do Pará; Wai-Wai, do Pará, Roraima e Amapá; Marubo, Tukano, Maku e Baniwa, do Amazonas e outros.

Fonte: www.museudoindio.org.br

28/maio - Dia do Desafio

O Dia do Desafio foi criado no Canadá, em 1983 e vem sendo difundido mundialmente pela TAFISA - Trim & Fitness International Sport for All Association, entidade alemã de promoção do esporte para todos. Com um conceito simples, o evento incentiva cidades dos cinco continentes a promover a prática da atividade física diária, ressaltando a importância do esporte e do lazer para a manutenção da saúde.

Realizado anualmente, sempre na última quarta-feira do mês de maio, o Dia do Desafio propõe que as pessoas interrompam suas atividades rotineiras e pratiquem, durante 15 minutos consecutivos, qualquer tipo de atividade física. Nesse dia, cidades do mesmo porte estabelecem uma saudável competição para tentar mobilizar a maior porcentagem de pessoas, em relação ao número oficial de habitantes.

Em Porto Alegre, o evento está sendo coordenado pela Coordenação de Qualidade de Vida da Secretaria Municipal de Administração. O maior prêmio para a cidade vencedora é a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes e a adesão ao Dia do Desafio demonstra uma disposição da comunidade para mobilizar seus cidadãos para a busca de uma vida mais saudável.

Princípios básicos que orientam a realização do Dia do Desafio
 
Acessibilidade - todos têm a oportunidade de participar, de acordo com seu potencial individual, sem qualquer restrição à idade, condição social, habilidade ou local onde vive.

Envolvimento - as idéias nascem nas comunidades e todos participam e colaboram com o desenvolvimento da programação. Um desafio à criatividade!

Diversão - o Dia do Desafio não busca índices esportivos. Fazer da atividade física um momento de diversão é um dos principais objetivos.

Diversidade - ações individuais ou programas coletivos são opções para quem quer participar. Sempre existe uma atividade adequada à condição e interesse de cada indivíduo.

Confiabilidade - o cuidado e a honestidade na apuração e divulgação dos resultados garantem a confiança o bom relacionamento entre as cidades.

Segurança - o Dia do Desafio privilegia a segurança dos participantes, selecionando atividades adequadas aos locais onde se realizam, em especial as que envolvem grandes multidões.

Benefícios para a comunidade - uma comunidade saudável se forma com indivíduos saudáveis onde prevalece a integração e a cooperação. O Dia do Desafio estimula a formação do espírito de coletividade.

Benefícios para a saúde - A prática da atividade física diária promove grandes melhorias na condição de saúde. O Dia do Desafio alerta as populações para esta necessidade.


Fonte: Sesc São Paulo

28/maio – Dia do Educador da Educação

Um educador (a) deve ser…

Criativo como Picasso
Poliglota
Rápido como um relâmpago
Alegre como pinson
Terno como um pintainho
Engenhoco como um Estrumfe

Além disso, deve ter…

Uma memória de elefante
Uma paciência de anjo
Resistência a qualquer prova
Olhos à volta da cabeça
Um filtro nasal
Resposta automático integrado
Um microfone incorporado
Umas costas largos
Orelhas biónicas com controlo de intensidade
Oito braços como um polvo
Um coração como Phil Latulippe
Dedos de fada
Pernas de atleta
Uma bexiga de cinco litros
Um sistema imunitário revolucionário
Uma mulher (homem) orquestra!

Um super homem/uma super mulher

28/maio – Dia Internacional da Luta contra a Mortalidade Materna

SIDA significa Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida, ou seja,

- é uma síndrome porque é constituído por um grupo de sinais e de sintomas

- é de imunodeficiência porque o que acontece é que o sistema imunitário fica cada vez mais deficiente, com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença

- adquirida porque ao contrário de algumas doenças de imunodeficiência que são congênitas, ou seja, os indivíduos já as têm à nascença, esta doença surge depois de uma infecção por um vírus, o vírus VIH.

No dia internacional da luta contra a SIDA é fundamental recordar que a SIDA continua a ser uma realidade dos nossos dias e, sobretudo, lembrar a necessidade de mudar comportamentos na nossa sociedade, tanto no que respeita a prevenção, como no que toca a discriminação silenciosa de que são vítimas os portadores desta doença.

A SIDA é uma doença do sistema imunitário causada pela infecção com o vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).

Os vírus não se conseguem multiplicar independentemente, pelo que necessitam de um hospedeiro. No interior das células humanas, este retrovírus utiliza o material genético humano (DNA) para se replicar e aumentar consideravelmente o número de partículas virais.

O HIV infecta as células de defesa do organismo humano, predominantemente os linfócitos T CD4+, que são linfócitos T auxiliares cuja função passa pela coordenação e estimulação de todo o sistema imunitário que fica, assim, afetado.

Existem cerca de 32.610 pessoas infectadas com o vírus HIV em Portugal. Há 24 anos foi diagnosticado o primeiro caso de SIDA em Portugal. A SIDA mata 4 pessoas por minuto em todo o mundo.  

É, sem dúvida, uma das doenças das quais mais se ouve falar... mas até que ponto a informação é correta? Até que ponto não existe determinados mitos que prevalecem na mentalidade portuguesa?

Parece-me importante começar por distinguir um ser opositivo de um indivíduo com SIDA. Um ser opositivo é uma pessoa infectada com o vírus do HIV, mas não necessariamente doente. Quando o sistema imunitário destes indivíduos está muito deprimido (abaixo de determinado nível de linfócitos CD4+) ocorre um colapso do sistema imunitário, que abre o caminho a doenças oportunistas que podem levar à morte do doente. Neste caso temos um indivíduo doente com SIDA

á uns anos atrás a sobrevida média de um doente com SIDA era de entre 2 a 4 anos. Hoje em dia, graças, sobretudo à nova terapêutica retro viral, um doente pode ter uma sobrevida de entre 30 a 40 anos. No entanto, a Medicina continua com os olhos colocados em diversos estudos inovadores, que buscam ansiosamente uma vacina milagrosa.

Embora pouco conhecida, existe uma profilaxia pós-exposição. Durante muitos anos ela denominou-se profilaxia pós-exposição ocupacional, já que se destinava apenas aos profissionais de saúde atuando da infecção com material contaminado. Atualmente, esta profilaxia está disponível a qualquer pessoa, apenas nas urgências hospitalares. Consiste num verdadeiro "cocktail" (combinação de vários medicamentos) de tratamento anti-retroviral, que visa impedir a replicação do vírus do HIV. É fundamental que esta profilaxia seja administrada após a exposição ao vírus, no máximo 72 horas após o contacto. O ideal, no entanto, é a administração da profilaxia nas 24 horas após a exposição ao vírus. Os medicamentos têm de ser tomados durante 28 dias, implicando um seguimento médico e análises de controlo. Este método tem uma eficácia de cerca de 90%.

Nunca é demais lembrar a importância da PREVENÇÃO, mas também desmistificar algumas questões muitas vezes associadas a este problema de saúde pública.

Uma das idéias erradas fomentadas acerca da SIDA é a de que apenas afeta determinados grupos de risco (tóxico dependentes, homossexuais, ...). Curioso é que esta idéia é, em parte, culpa das próprias campanhas de prevenção que, ao tentarem alertar determinados grupos para o risco de contaminação com o HIV, acabaram por levar outros a considerarem-se protegidos da mesma. Não há grupos de risco, mas sim comportamentos de risco! Prova disso mesmo, é que enquanto o número de infectados com o HIV tem vindo a diminuir entre os tóxico dependentes, o mesmo número tem aumentado entre os heterossexuais, sobretudo as mulheres. Atualmente, os heterossexuais são um grande grupo de risco de contaminação pelo HIV. As mulheres casadas com mais de 50 anos têm-se revelado outro grupo de risco, já que devido à relação estável não usam preservativo durante as relações sexuais, e os maridos (infectados em relações paralelas) acabam por transmitir-lhes o vírus. Infelizmente este é o grupo mais complicado e de difícil acesso, enquanto alvo de prevenção. Neste sentido é fundamental mudar mentalidades. O ser opositivo deve ter a consciência do risco de transmissão e o respeito pelos outros para os informarem da sua condição ou, pelo menos (mesmo ocultando a seu ser opositividade), tomarem as devidas precauções durante as relações com os parceiros.

 Boa notícia é a redução de 93% da transmissão do HIV por via materno-fetal no nosso país. Isto revela que tem havido um correto  e eficiente acompanhamento das gestantes e aconselhamento em testes de diagnóstico do vírus.

Têm sido conhecidos alguns casos polêmicos relacionados com alguma discriminação contra os ser opositivos: estou a referir-me, claro está, aos casos do cozinheiro infectado com HIV que foi despedido e do médico cirurgião, cujo futuro profissional está a ser discutido.

Concordo que todas as pessoas devem procurar formular uma opinião nestes casos, mas é premente que o façam com base em informação correta.

Isto é, como é que afinal se transmite o vírus do HIV?

O vírus apenas se transmite através do contacto entre fluidos corporais. A nossa pele (se saudável) é uma eficiente barreira contra solutos (mesmo que com alta concentração) de HIV, pelo que se um indivíduo ser opositivo se cortar e tocarmos no seu sangue, não há risco de contágio, por exemplo. Existem algumas exceções. É o caso de eventuais feridas abertas que tenhamos. Nesse caso há risco de contacto entre o fluido com partículas virais e o nosso sangue e, conseqüentemente, risco de contágio. Da mesma forma, certas pessoas com determinadas doenças de pele (que a tornam menos resistente) podem estar mais susceptíveis a este contacto. As principais formas de contágio são as relações sexuais desprevenidas, o uso de seringas contaminadas, a transmissão materno-fetal, as transfusões sanguíneas,...

Por fim, revela-se fundamental prevenir. E a prevenção assume várias dimensões no que à SIDA diz respeito.

Uma prevenção primária (prevenção da contaminação) passa pela sensibilização da população através de duas formas: informação acerca do que é o HIV e a SIDA, como se transmitem, qual a prevalência da doença no nosso país e educação para a adoção de comportamentos preventivos, abolindo práticas de risco. Entre os principais comportamentos de prevenção destacam-se o uso de preservativos nas relações sexuais, a utilização de seringas esterilizadas, a não partilha de objetos de higiene (como escova de dente),...

Esta prevenção visa diminuir o número de infectados com o HIV.

A prevenção secundária apela à importância dos testes de rastreio para um diagnóstico precoce. Há uns anos, os testes não identificavam as partículas virais, mas apenas os anticorpos produzidos pelo nosso próprio sistema imunitário (contra as partículas invasoras). Isto levava a que se falasse de um período de janela imunológica de cerca de 3 meses, que consistia no tempo que demorava a eficiência da produção destes anticorpos , de forma a serem detectados pelos testes. Este é o período mais perigoso por dois motivos: o indivíduo não sabe que está infectado e, ao mesmo tempo, corresponde ao período em que ele é mais potencialmente infeccioso (ocorre uma grande replicação viral no seu organismo).

Atualmente, este tempo de janela diminuiu consideravelmente (cerca de 15 dias) graças aos testes de 4ª geração, bastante mais eficientes e que detectam mesmo algumas partículas virais.

A prevenção terciária associa-se ao tratamento e à prevenção da evolução da doença, com base no conhecimento da história natural da mesma. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico. Quando obtém resultados positivos no teste, o indivíduo deve procurar um médico infectologista a fim de proceder a uma prevenção da doença. Como já disse anteriormente, um indivíduo ser opositivo não tem, necessariamente, de desenvolver a doença (SIDA), desde que seja tratado e acompanhado pelo clínico. Os tratamentos de indivíduos infectados com o HIV são gratuitos no nosso país.

Assim, neste dia simbólico é importante não esquecer que a SIDA continua a ser uma realidade e que é fundamental o desenvolvimento de uma cultura de prevenção, educando a população para os comportamentos preventivos e sensibilizando-a para a importância dos testes de rastreio e diagnóstico precoce da infecção com o vírus HIV.

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