quarta-feira, 22 de abril de 2009

23/Maio

23/maio – Dia da Decoração

Para fazer um evento, acho que devemos proporcionar sensações diferentes e únicas para os convidados.

Quando uma pessoa contrata um Arquiteto para fazer um evento, ela vai esperar o inusitado.

Criar não é uma tarefa fácil e muito mais difícil é ter boas idéias sem estourar o orçamento.

Tento fugir de banners, placas e dos modos convencionais. Para isso, exigem-se horas de planejamento e a perda de noites de sono.

Neste evento tinha que conduzir os convidados por um longo trajeto e todas as soluções não me agradavam, como: hostess conduzindo as pessoas ou placas de indicação.

A solução veio de uma idéia bem simples, mas com resultado lúdico. Com uma simples frase, todos os convidados chegaram ao seu destino.

 23/maio – Dia da Juventude Constitucionalista

No dia 9 de julho, o Estado de São Paulo comemora o aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932. Porém, foi no dia 23 de maio desse mesmo ano que os paulistas decidiram lutar pelo constitucionalismo.

O levante se deu depois da morte de 14 manifestantes constitucionalista em São Paulo, durante uma manifestação contra o governo de Getúlio Vargas. Na época, apenas quatro estudantes haviam sido identificados: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes formaram a sigla MMDC, que se transformou no símbolo da revolução.

Os paulistas exigiam que o país tivesse uma constituição e que fosse mais democrático. O inconformismo dos paulistas era maior porque Vargas ocupava a presidência da República devido a um golpe de Estado, aplicado após sua derrota para o paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais de 1930.

A revolução armada começou no dia 9 de julho, com o apoio de mineiros e gaúchos. Mas essas tropas aliadas não vieram em auxílio dos paulistas e, após três meses de luta, o governo federal saiu vitorioso. Com o confronto, Getúlio percebeu que não poderia ignorar a elite paulista.

Durante o conflito, cerca de 135 mil homens aderiram à luta, que deixou quase 900 soldados mortos no lado paulista, sendo muitos deles jovens idealistas.

23/maio – Dia Nacional da Defesa das Florestas Brasileiras

As florestas brasileiras e todas as suas riquezas naturais, infelizmente, estão e permanecerão em perigo. 
Retrato do país tropical há 500 anos, berço de uma das maiores biodiversidades do mundo, a Mata Atlântica vem sendo progressivamente devastada e hoje se resume a menos de 8% de sua área original. Atual cartão postal brasileiro para o mundo, a Amazônia, ainda que não esteja na mesma situação da Mata Atlântica, já apresenta uma tendência crescente à devastação caso nada seja feito contra os processos destrutivos.

O assunto sobre a importância da preservação da floresta amazônica veio à tona com a discussão em torno da tentativa de alteração do Código Florestal (lei nº 4.771), que data de 1965, por parte da bancada ruralista do Congresso Nacional em dezembro do ano passado. 
O texto que entrou na pauta de votação, um projeto de lei de autoria do deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR), permitia converter florestas nativas em área agrícola de forma descontrolada, bem como substituir a mata por plantações de eucalipto e outras espécies de árvores comerciais que não são nativas. 
Entre as principais alterações propostas para o Código Florestal pela bancada ruralista estão: 
- Redução da Área de Preservação Permanente (APP) ao redor de lagos, lagoas, reservatórios de águas naturais e artificiais; 
- Redução de 80% para 50% de Reserva Legal na Amazônia; 
- Redução de 35% para 20% de Reserva Legal nos cerrados do MT, MA, PA, RO, RR, TO e GO; 
- Isenção de Reserva Legal em áreas com até 25 hectares. 
Um movimento liderado por ONGs ambientalistas e associações representantes da sociedade civil conseguiu impedir a aprovação do projeto de lei e levou o texto para ser debatido no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), órgão máximo do setor que reúne todas as partes interessadas.

Após reuniões de trabalho e consultas públicas com a participação de mais de 700 entidades, o Conama aprovou, no último dia 29 de março, uma nova proposta para o Código Florestal, que inova em alguns pontos - institui a Cota de Reserva Legal, instrumento que compensa economicamente os proprietários que querem proteger uma área de mata nativa maior do que o mínimo exigido - e mantém os números definidos pelo Código de 1965 - 80% de reserva legal na Amazônia e 35% no cerrado. 
No dia 24 de maio a proposta do Conama foi reeditada como medida provisória pelo Congresso Nacional, o que significou uma vitória provisória a favor das florestas. No segundo semestre, supõe-se uma nova batalha ambientalistas versus ruralistas em torno da aprovação de um novo códigoFlorestal.

Brasileiros querem proteger as florestas

A mobilização da sociedade civil foi essencial para não aprovação da lei que diminuía o tamanho da reserva legal da Amazônia. Essa tendência da sociedade se posicionar na desfesa da proteção das florestas foi comprovada com uma pesquisa nacional realizada em maio desse ano pelo instituto Vox Populi. 
A pesquisa constatou que os brasileiros repudiam políticos e propostas que aumentem desmatamento florestal no país. 
O trabalho teve como foco a opinião sobre as mudanças propostas para o Código Florestal e o nível de informação sobre a proteção do meio ambiente no Brasil. Foi então aferido que 88% dos brasileiros defendem que a proteção das florestas brasileiras deveria aumentar, recriminando a pretensão dos parlamentares da bancada ruralista do Congresso Nacional. 
A mesma pesquisa revelou que 93% dos entrevistados acham que a conservação ambiental não prejudica o desenvolvimento do Brasil e 90% acreditam que não faz sentido afirmar que a fome diminuirá com o aumento do desmatamento da Amazônia para implantação de terras agrícolas. 
Assim, percebe-se que mais do que nunca a proteção das florestas é uma preocupação real na vida dos brasileiros.

Mata Atlântica

Originalmente, a Mata Atlântica, ou Floresta Atlântica, ocupava cerca de 15% do território brasileiro, estando distribuída em uma área superior a 1,3 milhão km2. A mata se estendia do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, ao longo de 17 estados.

Hoje seus remanescentes correspondem a menos de 8% desse total e ela é considerada uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo. De acordo com estatísticas oficiais, o ritmo de devastação hoje em dia é, comparativamente, de um campo de futebol a cada quatro minutos. 
Em 1998, a ONG Conservation International listou as áreas naturais mais ameaçadas do mundo e a Mata Atlântica acabou ocupando o segundo lugar, perdendo apenas para as florestas de Madagascar (África), que têm 95% de suas áreas devastadas. No ano passado, a riqueza e importância da floresta brasileira para o planeta foi reconhecida pela Unesco, que declarou a Mata Atlântica como patrimônio da humanidade. 
De acordo com o Atlas da Evolução dos Remanescentes Florestais e Ecossistemas Associados da Mata Atlântica 1990-1995, produzido pela ONG SOS Mata Atlântica em convênio com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e publicado em 1998, somente nesse período de cinco anos a floresta sofreu um desmatamento de 500 mil hectares. 
O Rio de Janeiro foi o estado que apresentou maior agressão ambiental, devastando cerca de 13,3% de seus remanescentes florestais Os outros estados que mais devastaram foram Mato Grosso do Sul (destruiu 9,59% de sua floresta), Goiás (9,10%), Minas Gerais (7,32%), Espírito Santo (5,47%), Rio Grande do Sul (5,38%), Paraná (4,66%), Santa Catarina (3,64%) e São Paulo (3,62%). São Paulo é o estado que possui hoje a maior quantidade de remanescentes da floresta (1 milhão e 700 mil hectares). 
Apesar da grande devastação sofrida no decorrer dos nossos 500 anos, a riqueza das espécies animais e vegetais que ainda se abrigam na Mata Atlântica é surpreendente. Em alguns trechos remanescentes da floresta, os níveis de biodiversidade são considerados os maiores do planeta. Um bom exemplo foi um levantamento realizado por entidades internacionais em 1993: o estudo constatou que um fragmento da floresta em Una, município no sul da Bahia, era a área com maior biodiversidade por metro quadrado do mundo. 
Curiosamente, a exuberância biológica da Mata Atlântica, mesmo reduzida em mais de 90%, convive com as maiores cidades do país. As estatísticas indicam que mais de 70% da população brasileira vivem na região da floresta. E além de abrigar a maioria das metrópoles brasileiras, a área original da Mata Atlântica sedia os grandes pólos industriais, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por nada menos de 80% do PIB nacional.


A riqueza biológica da Mata Atlântica 

Nada mais nada menos do que a maioria das bacias hidrográficas brasileiras está na área da Mata Atlântica: as bacias dos rios Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco. A Floresta Atlântica também é a casa de imponentes espécies de árvores, como o jequitibá rosa, que pode chegar a ter 40 metros de altura e 4 metros de diâmetro de tronco. 
Outras espécies de árvores, como o pinheiro-do-paraná, o cedro, as filgueiras e o pau-brasil, também são típicas da floresta. Na verdade, mais de 10 mil espécies de plantas brasileiras são endêmicas da floresta atlântica, ou seja, só ocorrem ali. 
Assim como a riqueza vegetal, a diversidade da fauna é uma das cacarcterísticas marcantes da Mata Atlântica. A maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção é originária da floresta, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, a jaguatirica, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena. 
Outro animais típicos da floresta são gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cotias e quatis. Resumindo, das 202 espécies de animais ameaçados de extinção no Brasil, 171 ocorrem na Mata Atlântica.

A história da devastação da floresta 

Justamente por toda a riqueza natural de uma floresta tropical, a Mata Atlântica propiciou lucro fácil para muitos no decorrer da história da Brasil e é o ecossistema brasileiro que mais sofreu os impactos ambientais decorrentes dos ciclos econômicos do país. 
A madeira, o comércio de plantas e animais, a agricultura e a extração de ouro, entre outros, enriqueceram um grande número de pessoas ao longo dos anos e sua prática insustentável, um processo desorientado de desenvolvimento, quase levou a floresta ao seu fim. 
Ainda no século XVI, houve a extração predatória do pau-brasil utilizada para tintura e construção. A segunda grande investida contra a floresta atlântica foi o ciclo da cana-de-açúcar. Constatada a fertilidade do solo, extensos trechos de Mata Atlântica foram derrubados para dar lugar aos canaviais. No século XVIII, as jazidas de ouro atraíram para o interior um grande número de portugueses e a imigração levou a novos desmatamentos. Esta devastação se estendeu até os limites com o Cerrado para a implantação da agricultura e da pecuária. 
No século seguinte, foi a vez do café, que provocou a marcha ao sul do Brasil. Depois foi dada início à extração de madeira. No Espírito Santo, por exemplo, as matas passaram a ser derrubadas para o fornecimento de matéria-prima para a indústria de papel e celulose. Em São Paulo, a implantação do Pólo Petroquímico de Cubatão tornou-se conhecida internacionalmente como exemplo de poluição urbana.

Floresta Amazônica 

Comparada à Mata Atlântica, a Amazônia se encontra em uma situação muito mais positiva em termos de devastação. Mas nem por isso há motivos para não proteger a floresta. Os números e estatísticas mostram que, se não forem tomados os cuidados e medidas necessários o mais rápido possível, o destino da Floresta Amazônica será tão triste como o da Mata Atlântica. 
Para se ter uma idéia, segundo o Inpe, a Amazônia sofreu um deflorestamento de mais 520 mil km2 de 1978 a 1998. Pesquisas realizadas pelo próprio governo apontaram que o desmatamento anual da Amazônia cresceu 34% de 1992 a 1994. A taxa anual, que era de pouco mais de 11.000 km2 em 1991, já ultrapassou 14.800 km2. 
Os grandes causadores da degradação progressiva são a atividade agrícola de forma não-sustentável e a extração madeireira, que tende a aumentar na medida em que os estoques da Ásia se esgotam. De acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 80% da produção madeireira da Amzônia provém da exploração ilegal.
Embora o Brasil tenha uma das mais modernas legislações ambientais do mundo, o bloqueio à devastação esbarra na falta de fiscalização sobre a produção e área de atuação das madeireiras. Oficialmente, hoje existem 22 madeireiras estrangeiras operando na Amazônia. A falta de controle por parte das autoridades e órgãos competentes, o que abre caminho para atividades altamente destrutivas para a floresta, é demonstrada, por exemplo, com o número de desperdício da madeira extraída (leia-se árvores derrubadas que não têm uso nenhum): ele gira em torno de 60 e 70%.

As características do ecossistema amazônico

Apesar de abrigar mais de um terço das espécies de animais e plantas existentes no planeta, a Amazônia é um ecossistema frágil. Cerca de 62% do solo da Amazônia são de baixo ou nulo potencial agrícola, o que faz com que a extração de madeira seja a principal atividade econômica. A floresta então vive do seu próprio material orgânico e, por esse motivo, o menor desequilíbrio pode causar danos irreversíveis. 
Maior floresta tropical contínua do mundo, a Amazônia tem 5,5 milhões de km2, sendo que 60% estão em território brasileiro. O restante se divide entre as duas Guianas, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Além de serem encontradas na floresta cerca de 2.500 espécies de árvores __ um terço da madeira tropical do mundo, a Amazônia abriga uma quantidade muito grande de água.

O Rio Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo, cobre uma extensão de 6 milhões de km2, cortando a floresta até desaguar no Oceano Atlântico. Nas águas do Amazonas se encontra o maior peixe de água doce do mundo: o pirarucu, que pode atingir até 2,5 metros. 
A exuberância biológica da floresta é comprovada com a fauna e flora local. Das 100 mil espécies de plantas que ocorrem em toda a América Latina, 30 mil estão na Amazônia. Quanto à fauna, várias espécies habitam os diferentes extratos da floresta. Os insetos estão presentes em todos os extratos da floresta. 
Os animais rastejadores, os anfíbios e aqueles com capacidade para subir em locais íngremes, como o esquilo, exploram os níveis baixos e médios. Os locais mais altos são explorados por beija-flores, araras, papagaios e periquitos à procura de frutas, brotos e castanhas. Já os tucanos, voadores de curta distância, exploram as árvores altas. 
O nível intermediário é habitado por jacus, gaviões, corujas e centenas de pequenas aves. No extrato terrestre estão, entre outros, os jabutis, cutias, pacas, antas. Os mamíferos aproveitam a produtividade sazonal dos alimentos, como os frutos caídos das árvores e servem de alimento para felinos e cobras de grande porte.

O processo de devastação

Mais de 12% da área original da Floresta Amazônica já foram destruídos devido a políticas governamentais inadequadas, modelos inapropriados de ocupação do solo e pressão econômica, que levou à ocupação desorganizada e ao uso não-sustentável dos recursos naturais. 
Muitos imigrantes foram estimulados a se instalar na região e acabaram levando métodos agrícolas impróprios para a floresta. Esse processo levou a degradação de terras que eram essenciais à sobrevivência de alguns povos nativos da Amazônia, como índios, seringueiros e ribeirinhos, que tiram dos recursos naturais da floresta sua subsistência. 
A ocupação da região amazônica se intensificou na década de 40, quando o Governo começou a estimular, através de incentivos fiscais, a implantação de projetos agropecuários na área. Resultado: as queimadas e o desmatamento tornaram-se mais constantes na região. 
O extrativismo vegetal e animal sempre foi a principal atividade econômica da Amazônia e a tentativa de implantar projetos de colonização agrícola foi um dos maiores erros de planejamento governamental já cometidos. 
A intenção de transformar a Floresta Amazônica em uma região produtora de grãos e carne bovina causou prejuízos econômicos e sociais, como a marginalização da população mais pobre e de povos nativos. 
Até o final de 1990, mais de 415 mil km2 tinham sido desmatados. O total da área queimada foi 2,5 vezes maior. Em algumas localidades, como Porto Velho (RO), os aeroportos chegaram a ser fechados algumas vezes por causa da fumaça das queimadas. Outra forma de destruição foram os alagamentos para a implantação de usinas hidrelétricas, como foi o caso da Usina de Balbina, ao norte de Manaus. A atividade mineradora também causou graves consequências ambientais, como a erosão do solo e a contaminação dos rios com metais pesados, como o mercúrio.


Os números das florestas brasileiras 

Mata Atlântica

Floresta Amazônica

- Em 1500, a floresta ocupava 15% do território nacional. Hoje essa área se resume a cerca de 1%. 
- Menos de 8% é o total de remanescentes da Floresta Atlântica atualmente. 
- Entre 1990 a 1995, a floresta sofreu uma devastação de cerca de 500 mil hectares. Isso equivale a 390 campos de futebol por dia ou 1 campo de futebol a cada 4 minutos. 
- O Rio de Janeiro foi o estado que mais destruiu floresta nos últimos anos: foram devastados cerca de 13,3% dos seus remanescentes. 
- São Paulo é o estado que tem a maior quantidade de remanescentes da floresta: aproximadamente 1 milhão e 700 mil hectares.

- Cerca de 62% do solo da Amazônia são de baixo ou nulo potencial agrícola. 
- A Amazônia já perdeu uma área de 532 mil km2, o equivalente ao território da França. 
- Em apenas 20 anos foram destruídos 13,5% da floresta amazônica. Essa área corresponde à soma dos estados da Bahia e Pernambuco. 
- O rio Amazonas lança no mar, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água. Esse número corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da terra. 
- Cada árvore derrubada na Amazônia significa a queda de outras 18, que se apóiam nela.

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